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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
formação. É pensar e agir no desejo de fazer a diferença, de
algum modo contribuir para que o aprender seja de fato
modo de emancipar a humanidade de suas
ignorâncias
.
FORMANDO
E SE FORMANDO
NO CURSO DE
PEDAGOGIA: EIS A
MÁRCIA
PELA
MÁRCIA
O ato de escrever recriando o vivido de forma refletida
que se inicia tem como a própria raiz da palavra indica, a in-
tenção de
fazer memória,
de ressignificá-las no movimento
da vida. Trazer as minhas memórias, o que ficou gravado
das experiências que vivi, de tudo o que pude perceber da
realidade daqueles momentos. Será como um livro, no qual
quem ler poderá viajar em acontecimentos que não viveram,
mas que construíram a vida de alguém. Onde pode ser de-
lineado uma personagem que nunca foi vista. Assim, inicio
escrevendo um histórico onde pode ser percebido o con-
texto social de que vim, porque acredito que grande par-
te de quem somos é assim influenciado, marcado na pele,
na alma. A cultura na qual estamos inseridos, as condições
econômicas a que estamos expostos definirão/am muito do
caminho e da distância que teremos que percorrer até al-
cançar os objetivos pessoais que venhamos a ter.
Nasci em doze de março de 1970. Vim ao mundo em
uma quinta-feria, às 14h. Filha de uma família de pai, mãe
e três irmãos mais velhos. A única a nascer em um hospital.
Conforme relatos fui muito esperada. Meus pais nasceram e
cresceram no interior do Rio Grande do Sul, em uma cida-
dezinha chamada Maquiné. Já em Porto Alegre, meu pai foi
atuar na construção civil e minha mãe como doméstica. Ali
namoraram, casaram e tiveram os três primeiros filhos. Em
uma crise financeira provocada por uma doença de meu pai,
acabaram indo morar em Alvorada, cidade da região me-
tropolitana. Nesse período meu pai começa a trabalhar em
uma metalúrgica, faz um curso técnico e se torna eletricista,
e assim trabalhou até se aposentar. Minha mãe sempre cui-
dou da casa e dos filhos e em momentos livres “costurava
para fora”.