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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

Isto supõe não fazer o registro pelo registro, de forma acrí-

tica, mas buscar por meio e a partir dele refletir sobre as ati-

vidades que, muitas vezes, dada a sua dinâmica, não permi-

tem um olhar imeditado. As

cartas

a partir destes registros

fomentaram na

Márcia

a reflexão sobre o passado (e sobre

o presente), instigando a avaliação das próprias ações, o que

auxilia na construção do novo. E o novo é a indicação do

futuro (WARSCHAUER, 1995, p. 62-63).

O território docente, quando percorrido no viés do olhar

reflexivo, é instigante, investigativo e encaminha-se para um

constante desacomodar-se, em suas múltiplas faces e dimen-

sões. Refletir a prática docente e escrever sobre essa prática,

através do olhar próprio, é estar inaugurando o próprio pen-

samento, é estar se experimentando na escritura própria.

Essa força, segundo Marques (2001), deve ser um ato

inaugural, que brota da ação reflexiva, daquilo que pensa-

mos sobre tal, ou seja, da necessidade de dizer, da neces-

sidade de alguém ouvir e compreender a história de vida

que está aflorando. Para tanto, optamos por compartilhar a

experiência de fomentar a escrita através de

cartas

junto às

alunas do curso de Pedagogia, mais especificamente da tur-

ma 6B, na disciplina de Prática Docente nos Anos Iniciais do

Ensino Fundamental do Instituto Federal de Educação Ciên-

cia e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Câmpus Porto

Alegre, no

olhar da Márcia

. O presente curso de graduação

acontece/u na modalidade presencial dentro do Plano Na-

cional de Professores da Educação Básica (PARFOR), iniciati-

va do governo federal a fim de proporcionar formação ini-

cial e continuada para docentes da rede pública, municipal

e estadual.

A ESCRITA COMO

POSSIBILIDADE

O ponto de partida e o ponto de chegada da interven-

ção pedagógica é a leitura do real, ou seja, do contexto, dos

indivíduos e das inter-relações que se dão entre os atores

sociais. O docente não domina o

saber-fazer

simplesmente

em sua formação inicial e nem mesmo este saber-fazer se dá