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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
lismo, Kropotkin acredita que é uma tendência natural das
espécies, um fator evolutivo e que a ajuda mútua continua
a existir nas relações sociais apesar dos esforços do Estado.
E é estimulando essa tendência evolutiva que este trabalho
tem como objetivo para a dialética da Educação Popular.
Ainda segundo Kropotkin (2009, p. 216) “Os sofismas do in-
telecto não resistem ao sentimento de ajuda mútua, porque
este foi nutrido por milhares de anos de vida social humana
e centenas de milhares de anos de vida pré-humana em so-
ciedade”. Outro apontamento de Kropotkin é que o poeta
e o pintor raramente conhecem a vida das classes mais po-
bres e não conseguem despertar emoções fortes acerca de
vidas modestas. Fazendo uma analogia em respeito à litera-
tura que temos da época do colonialismo, geralmente o que
aprendemos é o que a classe dominante definia o que era a
arte ou a ciência, enquanto a vivência dentro da perspectiva
dos personagens de RPG pode trazer outros pontos de vista
daquela época: o ponto de vista dos oprimidos, das pessoas
simples, da sobrevivência de povos sofridos.
Segundo Freire (1992), o capitalismo não luta contra
discriminações de sexo, de classe, de raça, despreza o di-
ferente, humilha, ofende, menospreza e explora em função
da classe dominante e apenas o oprimido pode libertar a si
mesmo e ao opressor.
É por estarmos sendo este ser em permanente pro-
cura, curioso, “tomando distância” de si mesmo e
da vida que porta; é por estarmos sendo este ser
dado à aventura e à “paixão de conhecer”, para
o que se faz indispensável a liberdade que, cons-
tituindo-se na luta por ela, só é possível porque,
«programados”, não somos, porém, determinados;
é por estarmos sendo assim que vimos nos voca-
cionando para a humanização e que temos, na de-
sumanização, fato concreto na história, a distorção
da vocação. Jamais, porém, outra vocação humana.
Nem uma nem outra, humanização e desumaniza-
ção, são destino certo, dado dado, sina ou fado. Por
isso mesmo é que uma é vocação e outra, distorção
da vocação. (FREIRE, 1992, p. 46)