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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT2:

MULHERES NEGRAS RESISTEM: ANÁLISES SOBRE PROTAGONISMOS FEMININOS E NEGROS NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO

questões que foram organizadas em três cate-

gorias: Identidades; Representatividade e Resis-

tências. É importante destacar que ao estabele-

cermos tais categorias as compreendemos como

parte do processo de subjetivação dos sujeitos,

que se constituem pela forma como nos reconhe-

cemos e pela forma com que somos reconheci-

dos pelos outros. Como afirma Avtar Brah “a sub-

jetividade – o lugar do processo de dar sentido a

nossas relações com o mundo – é a modalidade

em que a natureza precária e contraditória do

sujeito-em-processo ganha significado ou é ex-

perimentada como identidade” (2006, p. 371).

Assim, entendemos subjetividade não como inte-

rioridade ou capacidade latente, mas constituí-

da por relações e ligações que produzem sujeitos

como agenciamentos.

Ao articular raça e gênero as jovens negras

são posicionadas de maneira subalterna na estru-

tura social. É importante destacar que identidade,

representatividade e resistências, ao mesmo tem-

po que operam de forma independente, também

se articulam nas experiências das jovens estudan-

tes negras e reforçam a complexidade do proces-

so de construção de subjetividades. Além disso,

ressalta a participação do espaço escolar nesse

processo, seja reforçando as desigualdades, seja

atribuindo-lhes significados de forma positiva.

O entrelaçamento dinâmico das dimen-

sões de gênero e raça subsidia o complexo pro-

cesso de produção de subjetividades das jovens

negras. Considerando que a natureza humana

não é uma essência, mas socialmente construí-

da, influenciada por vários marcadores sociais

da diferença então a experiência do ser mulher

é vivenciada através da raça, assim como a ex-