Table of Contents Table of Contents
Previous Page  97 / 638 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 97 / 638 Next Page
Page Background

97

VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT2:

MULHERES NEGRAS RESISTEM: ANÁLISES SOBRE PROTAGONISMOS FEMININOS E NEGROS NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO

MULHER, NEGRA E ESTUDANTE:

GÊNERO E RAÇA NA EDUCAÇÃO

DE JOVENS E ADULTOS

Juliana da Rosa Brochado

(E.M.E.F. Olavo Bilac/Pelotas)

A proposição deste texto consiste em pos-

sibilitar o encruzilhamento das reflexões estabe-

lecidas no âmbito do mestrado, que conclui na

Unipampa, e da pesquisa do tipo intervenção de

carater qualitativo, realizada na instituição em que

faço parte da equipe gestora. Tendo como base

inicial os dados relacionados às matrículas das /os

estudantes da E.M.E.F. Olavo Bilac Pelotas/RS, no

periodo de 2012-2016 que aponta , em 2012, 64%

das desistências foram de mulheres negras. Em

2013, foram 30%. Em 2014, foram 30%. Já em 2015

foram 40% e em 2016, 36%.

Quanto às salas de aula, hooks (2013, p. 273)

destaca:

A sala de aula, com todas as suas limi-

tações, continua sendo um ambiente

de possibilidades. Nesse campo de

possibilidades temos oportunidade de

trabalhar pela liberdade, de exigir de

nós e de nossos camaradas uma aber-

tura de mente e do coração que nos

permita encarar a realidade ao mes-

mo tempo em que, coletivamente,

imaginamos esquemas para cruzar

fronteiras, para transgredir. Isso é edu-

cação como prática da liberdade.

Tais dados, coletados na secretaria da es-

cola referida, apontaram a necessidade de inter-

venção quanto à evasão das alunas negras da