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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT2:

MULHERES NEGRAS RESISTEM: ANÁLISES SOBRE PROTAGONISMOS FEMININOS E NEGROS NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO

MARCADORES SOCIAIS DA DIFERENÇA

NA EXPERIÊNCIA ESCOLAR DE JOVENS

ESTUDANTES NEGRAS NUMA CIDADE

DA FRONTEIRA OESTE DO RS

Cristiane Barbosa Soares

(Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA)

Alinne de Lima Bonetti (Universidade

Federal do Pampa - UNIPAMPA)

Historicamente em nossa sociedade há

um esforço em produzir e legitimar um padrão

ideal do “ser mulher negra” submissa e excluída;

um processo social que prepara as jovens negras

para uma posição de desvantagem frente às ex-

pectativas educativas e profissionais, entre outras.

Os movimentos sociais feministas e negros (CAR-

NEIRO, 2001) inscrevem outro cenário a fim de res-

significar os ideais do que é ser mulher. Contudo,

apesar dos avanços, “o racismo e o sexismo levam

a mulher negra a projetar sua identidade em con-

flito com a realidade de seu corpo e sua trajetória

familiar e étnica” (GOMES, 1995, p. 25).

Desta forma, não podemos deixar de en-

tender que as representações sociais de gênero

e raça produzem preconceitos e alimentam este-

reótipos que são internalizados desde a infância

pelo bombardeamento de pedagogias sustenta-

das pelo eurocentrismo e retroalimentadas pela

educação escolar. Podemos observar a intersec-

cionalidade de raça e de gênero, principalmente,

no processo de construção das subjetividades das

jovens estudantes negras.

Reconhecer-se faz parte de um longo pro-

cesso o qual é atravessado pelos discursos e ex-