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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT7: DIREITOS HUMANOS E DESIGUALDADES SOCIAIS

EDUCAÇÃO EM DIREITOS

HUMANOS COMO CRIAÇÃO DE

ESPAÇOS DE RESISTÊNCIA

Ana Paula Krumel

(Instituto Federal de Ed. Cien. e Tec. Sul-riograndense)

Pensar os Direitos Humanos e o sistema-

-mundo parte de entendermos a constituição dos

Direitos Humanos na modernidade concomitan-

temente à estruturação do sistema de acumula-

ção produtiva capitalista. Segundo Arrighi (2016),

a estrutura histórica do capitalismo como sistema

de acumulação produtiva no sistema-mundo não

somente atingiu todo o mundo tornando-se uma

economia mundial, mas também adquiriu um po-

der de moldar as vidas das pessoas de todo o pla-

neta sob o jugo de suas regras e estratégias em

busca de lucro incessante.

Na modernidade a pessoa humana passa a

ser percebida como sujeito da história e respeita-

da como portadora de direitos. A estruturação do

sistema de produção capitalista que se alastrou

por todo o globo, impulsionado pelos direitos indi-

viduais do homem, ocorreu ao mesmo tempo do

sujeito perceber-se como uma pessoa que possui

direitos econômicos, sociais, políticos e culturais.

A humanidade na luta pelos Direitos Hu-

manos rompe com o ideário da Idade Média e

propõe uma nova maneira de organização entre

Estado e sociedade civil, sem a naturalização da

servidão como destino, mas com a possibilidade

da afirmação da igualdade entre os seres huma-

nos. É o ideal de liberdade que conduz o Estado

à laicidade e que celebra a liberdade individual,