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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT7: DIREITOS HUMANOS E DESIGUALDADES SOCIAIS

vida de sujeitas passíveis de direitos sociais não se

traduz na operacionalização de seu acesso a tais

direitos, percebe-se o desafio de se saber “inter-

seccional” em sociedades epistemologicamente

binárias. Em termos de metodologia, este projeto

divide-se em dois momentos distintos. Um primeiro

que chamei de “exercício etnográfico” no âmbito

de um órgão gestor da Assistência Social em um

município do Rio Grande do Sul, mais especifica-

mente em uma coordenadoria de Planejamento

e Gestão. A partir de uma inserção enquanto esta-

giária de Ciências Sociais, com uma corporalida-

de confrontante a do estereótipo da ascendência

alemã deste município, ousei etnografar as formas

pelas quais os processos de dinamização do Siste-

ma Único de Assistência Social acontece. O segun-

do é de revisão de literatura em paralelo à análise

dos documentos referentes às duas políticas públi-

cas que são foco deste trabalho e se inicia quan-

do ingresso como bolsista de iniciação científica

sobre saúde mental da população negra, durante

a aplicação de questionários a usuários/as do Sis-

tema Único de Saúde na capital do Rio Grande

do Sul. Este esboço se origina de uma ousadia de

pesquisadora iniciante, observando suas primeiras

experiências de campo, na área da Saúde Mental

e da Assistência Social. Até o presente momento,

identificou-se que a suposta “democracia racial”

brasileira se coloca como argumento propagado

para ignorar iniquidades e produzir silenciamentos

acerca das multiplicidades que compõem o pú-

blico-alvo das políticas públicas aqui estudadas.

Imergindo no entendimento histórico da Política

Nacional de Saúde Integral da População Negra,

percebe-se que o conceitode interseccionalidade

permitiu a construção de importantes argumentos