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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT7: DIREITOS HUMANOS E DESIGUALDADES SOCIAIS
mais usuais nos denominarmos simpáticos à causa
(simpático ao movimento LGBTT, ao movimento
feminista, ao movimento sem terra). Tolerar e ser
simpático ao diferente neutraliza o debate na es-
cola e tende a enfraquecer os movimentos sociais
e esvazia o sentido político da educação.
A Educação em Direitos Humanos possibi-
lita espaço para diferentes movimentos sociais,
como: movimentos feministas, proteção dos direi-
tos indígenas, diversidade de gênero... Diante das
diferentes frentes de luta, os objetivos centrais das
reivindicações são a luta pela dignidade huma-
na, constituindo-se como um projeto realmente
emancipatório.
A possibilidade da Educação em Direitos Hu-
manos como um caminho para o enfrentamento
do caos que nos encontramos diz respeito à ga-
rantia da visibilidade das diferenças e à criação
de espaços de resistência para que se escutem as
demandas dos silenciados contra a universalização
da ideia de progresso que provoca exclusão social
e a eliminação de seres humanos indesejáveis.
Palavras-chave:
Direitos Humanos; capitalismo;
caos sistêmico
REFERÊNCIAS
AGAMBEN, Giorgio.
Estado de Exceção
. São Pau-
lo: Boitempo, 2004.
ARRIGHI, Giovani.
O longo século XX
: dinheiro, po-
der e as origens de nosso tempo. Tradução
Vera Ribeiro; revisão de tradução César
Benjamin – 10. Reimp. Rio de Janeiro: Con-
traponto, 2016.
BOBBIO, Norberto.
Igualdade e Liberdade
. Rio de
Janeiro: Ediouro, 2000.