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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT3:

GÊNERO, RAÇA E TRABALHO

DA INFORMALIDADE À

ECONOMIA SOLIDÁRIA

Luiz Inácio Gaiger

(PPGCS – Unisinos)

Durante as últimas décadas, a informalida-

de se manteve como um padrão expressivo em

vários países e continentes. Ao contrário das ex-

pectativas suscitadas por teorias de moderniza-

ção sobre uma progressiva

formalização do infor-

mal

, não se tem observado um definhamento da

informalidade. Novos fatores de impulsão engen-

drados pelo regime de acumulação flexível a têm

realimentado, enquanto a desregulamentação

das relações de trabalho e a recessão econômi-

ca vem favorecendo seu recrudescimento em

escala global. A informalidade não se mostra fa-

dada a desaparecer, conquanto a disseminação

da economia formal se defronta com obstáculos

estruturais persistentes tais que, por vezes, a man-

têm como um setor localizado em meio ao pre-

domínio do informal. Em amplas áreas do globo,

se vem produzindo uma “instituição” híbrida da

economia, em que a vigência de regulamentos e

marcos legais é parcial e restrita. Estabelecer em li-

nhas gerais esse quadro compósito será o primeiro

objetivo dessa comunicação.

Compreender a informalidade requer uma

visão crítica das abordagens correntes e um en-

foque teórico apropriado. Como se discorrerá na

segunda seção do paper, é preciso suplantar po-

sições unilaterais, como a tese da dependência

e funcionalidade do informal em relação à eco-

nomia capitalista, ou a tese oposta que toma a