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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT3:
GÊNERO, RAÇA E TRABALHO
balho, reificados como parte de uma dialética he-
geliana simbólica, algo que, eventualmente, pode
se manifestar sob práticas abusivas de violência
econômica e no adoecimento psíquico das traba-
lhadoras. Por fim, esse plano econômico não deixa
às claras qual será o papel produtivo das mulheres,
investido nesse novo pacto social, para o futuro das
relações trabalhistas. À medida que a narrativa da
terceirização se sofistica como interpretação neo-
liberal de bem-estar, parece oferecer alternativas
compassivas à conquista do empoderamento, e
da autossuficiência das mulheres nos mercados
profissionais. No entanto, será que entrelinhas do
culto ao ‘
empreendedorismo feminino’
, pode estar
se pervertendo a memória dos ideais igualitários de
justiça e democracia para encorajar o adversário
do sexismo cultural? Para isso, esses e outros argu-
mentos de valor serão resignificados em locuções
neoliberais sobre o trabalho, acirrando ainda mais
a diferenciação e a concorrência.
Palavras-chave:
Gênero; Neoliberalismo; Trabalho.
REFERÊNCIAS:
HIRATA, Helena. Globalização e divisão sexual do
trabalho.
Cadernos Pagu
(17/18), Campi-
nas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero- Pagu/
Unicamp, 2001/02.
FRASER, Nancy. O feminismo, o capitalismo e a as-
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A Sociedade do cansaço.
Petró-
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