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EIXO 1 – PAULO FREIRE E DIÁLOGOS INTERNACIONAIS
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
tensão e pesquisa, projetos conjuntos que abrangem a rea-
lidade dos Institutos Federais e seus parceiros estrangeiros.
Se no presente Cowen (2012) aponta fortemente para
a necessidade de os especialistas em Educação Comparada
“lerem o global”, uma vez que a agenda desse campo de
estudo é, de certa forma, pautada pela rapidez com que as
mudanças vão se sobrepondo no mundo globalizado, mais
do que atual é o conceito de Freire (1981) sobre o caráter
integrador do homem enquanto ser que transforma e recria
sua realidade, não estando apenas “no mundo”, mas estan-
do “com o mundo”
E é ainda o jogo destas relações do homem com
o mundo e do homem com os homens, desafiado
e respondendo ao desafio, alterando, criando, que
não permite a imobilidade, a não ser em termos de
relativa preponderância, nem das sociedades nem
das culturas. E, na medida em que cria, recria e de-
cide, vão se conformando as épocas históricas. E
também criando, recriando e decidindo que o ho-
mem deve participar destas épocas. (FREIRE, 1981,
p.43)
Sendo assim, é crucial para a Rede Federal de Edu-
cação Profissional, com sua história centenária constituída
como referência imaginária do brasileiro na alternativa para
uma possibilidade de mobilidade social, que se mantenha
o processo de internacionalização vinculado a sua origem
transformadora. Para isso, se faz necessário o registro e aná-
lise dessas experiências, bem como a manutenção dos prin-
cípios de uma educação comprometida com o avanço social
e humano.
Mais do que nunca, o “estar com o mundo” de Freire
se consubstancia como uma premissa a ser preservada na
estratégia de internacionalização dos IFs, devendo ser en-
tendido como um princípio que traz condições fundantes
para uma educação solidária e libertadora: a humanização, a
superação da opressão, o protagonismo e a capacidade de
sonhar e transfigurar o mundo em que vivemos.