XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 1 – PAULO FREIRE E DIÁLOGOS INTERNACIONAIS
O QUE FOI FAZER A PEDAGOGIA DO
OPRIMIDO NO “PRIMEIRO MUNDO”?
UMA INVESTIGAÇÃO DA RECEPÇÃO DE
PAULO FREIRE NA ÁREA DAS CIÊNCIAS DA
EDUCAÇÃO NA REPÚBLICA FEDERATIVA
DA ALEMANHA ENTRE 1970 E 2000
Angelita Dal Piva
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Palavras chave:
Paulo Freire. Recepção. Alemanha.
O autor da
Pedagogia do Oprimido,
da
Ação Cultural
para a Liberdade,
da
Pedagogia da Esperança
e da
Pedagogia
da Indignação
levou muitos latino-americanos à certeza de
sua capacidade e competência para desenvolver uma práti-
ca e uma teoria pedagógica que viesse ao encontro da reali-
dade, dos interesses e das necessidades desses povos. Nes-
ta pedagogia proposta por Freire, o ser humano, a pessoa
humana, é sujeito e não objeto da práxis libertadora, tor-
nando-se ele/ela, ao mesmo tempo, educando e educador.
Afinal, esta Pedagogia se chama Pedagogia
do
e não
para
os
oprimidos. Mas, que significado pode ter esta Pedagogia do
Oprimido no “primeiro mundo”? Será ela vista como mais
um clichês brasileiros, como as escolas de samba, a cor da
pele bronzeada na praia, as araras coloridas, o talento dos
jogadores de futebol ou a mística que ronda os indígenas?
Será Paulo Freire apenas mais uma “curiosidade” brasileira?
Este trabalho é um resumo de minha dissertação de
Magister Artium
, apresentada na Universidade de Hambur-
go, Alemanha, no ano de 2003, cujo objetivo é, por meio da
análise de textos publicados na República Federativa da Ale-
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Angelita Dal Piva, graduada em Ciências da Educação (Universität Ham-
burg), pós-graduada em Estudos Avançados em Língua e Literatura Espa-
nhola (FEEVALE), doutoranda em Ciências da Educação (Universität Sie-
gen); professora de Língua Espanhola e orientadora educacional;
angelita. piva@hotmail.com.