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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
periências e buscas, pois “não há ensino sem pesquisa nem
pesquisa sem ensino” (FREIRE, 1996, p.32).
CONSIDERAÇÕES
Ao buscarmos o diálogo entre a Etnomatemática e a
Educação Popular os encontros de Matemática são ressigi-
nificados, pois esse movimento possibilita que os encontros
sejam construídos de forma colaborativa de maneira que os
educandos se sintam acolhidos para juntos construírem um
espaço rico em reflexões e reconstruções e assim estabe-
lecerem as conexões da Matemática acadêmica com suas
atividades do dia-a-dia.
As atividades proporcionaram o bem estar, a alegria
na prática pedagógica, pois sem ela a docência perde o
sentido. De acordo com Freire (1996), ensinar exige querer
bem os educandos. Alegria e seriedade não são incompa-
tíveis. Ser afetivo não implica o descumprimento do dever
ético e profissional. Ser alegre não é transformar-se em um
ser “adocicado”, ser afetuoso implica em respeitar os estu-
dantes em sua completude. O que não significa isentar da
cobrança de entrega do grupo no processo de produção
e reflexão dos saberes construídos de maneira individual e
coletiva.
Enfim, as ações apresentadas nos proporcionaram
refletir sobre nossa prática docente nos desafiando indo a
busca de novos conhecimentos, e novas discussões para o
enriquecimento de nossa aprendizagem. Acreditamos que
as atividades possibilitaram aos nossos estudantes um re-
pensar sobre Matemática e sua relevância social.
Desta for-
ma, desenvolver uma proposta pedagógica contemplando o
diálogo entre a Educação Popular e a Etnomatemática pos-
sibilita uma educação comprometida com o social e com
a valorização da cultura dos estudantes. Neste contexto as
redes de conversação entre os conceitos científicos e popu-
lares se expandem e assim ampliam-se as possibilidades de
aprendizagens.