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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)

ta, fatalista da História. Nem o fatalismo que en-

tende o futuro como a repetição quase inalterada

do presente nem o fatalismo que percebe o futuro

como algo pré-dado. (FREIRE, 2011, p.23)

Neste contexto, urge a necessidade de pensar a edu-

cação nas prisões, com orientação curricular coerente, pro-

jeto político educacional do estado, estratégias de transfor-

mar o espaço físico nos presídios (esporte, lazer e cultura) e

buscando temas relevantes para discussão. Além de atender

a demanda de remição de pena a necessidade da educação

presencial apresenta-se como forma de mais do que qualifi-

car em termos de certificação, oferecer um trabalho diferen-

ciado, focado na cidadania, na ética enquanto valor, como

forma de reinserção do apenado na sociedade e no mundo

do trabalho.

Portanto, precisamos a partir de políticas de implan-

tação de educação nos espaços carcerários reconhecer a

educação como necessidade humana, mesmo aqueles

privados de liberdade por delitos cometidos, oferecendo

ações que reduzam os impactos dos danos do encarcera-

mento, olhando os fatores que obstaculizam a cidadania, a

qualidade de vida e garantam ao apenado o acesso apesar

do abandono.

Porém, diante do cenário estabelecido apenas com

muita fé e esperançosamente lutando podemos contribuir

na recusa substancial de qualquer explicação fatalística, de-

terminista das histórias de vida daqueles homens e mulhe-

res com privação de liberdade. Estamos convencidos que as

transformações necessárias, através da educação, não se da-

rão apenas com a criação de escolas nos espaços de prisão

e tão pouco se dará apenas com mudanças de legislação,

necessitamos permanecer ideologicamente lutando para a

consolidação desta política pública educacional, mas cientes

dos obstáculos.

Ou seja, buscando reflexão e a leitura destas vivên-

cias objetivas, mudanças de paradigmas de reprodução

das realidades fatalísticas destes apenados, idealizando

espaços físicos estruturais e propostas pedagógicas que