XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)
anos; 23,35 estão entre 35 a 45 anos e apenas 10,73% dos
apenados possuem mais de 45 anos; tendo esta população
carcerária declarado profissões de baixa remuneração.
O PERFIL DE JOVEM E ADULTO ENCARCERADO E A
DEMANDA POR EDUCAÇÃO NAS PRISÕES DO RS
Os homens e mulheres com privação de liberdade no
RS apresentam em sua ampla maioria baixa escolarização.
Entre os 34.863 apenados gaúchos, 68,99% não concluíram
o Ensino Fundamental, desses, 2,67% são declarados anal-
fabetos. Detentos que concluíram apenas o Ensino Funda-
mental são 12,26%, os que concluíram o Ensino Médio são
6,55 % e os que concluíram o Ensino Superior apenas 0,44%.
Portanto, podemos afirmar que estes indivíduos em
cumprimento de pena caracterizam o perfil “jovem” da po-
pulação carcerária e a comprovada incidência de encar-
ceramento de uma população com menor escolarização,
oriundos do mercado de trabalho da mão de obra barata
e exploração do capital. Pois conforme Lucena e Prestes
(2014), O Baixo grau de escolaridade que a maioria da po-
pulação encarcerada apresenta indica a negação do direito
fundamental à educação, consequentemente, de outros di-
reitos humanos, contribuindo para que, o beneficio financei-
ro através do delito seja favorecido, através da negação de
direitos básicos, não somente educação como saúde, habi-
tação, segurança, trabalho, inclusão social e a oportunidade
de escolarização, neste contexto, chave para o acesso aos
demais direitos humanos que foram violados.
A privação de liberdade e o isolamento não garantem
o desenvolvimento de outra conduta diferenciada da crimi-
nalidade. A população carcerária gaúcha, apresenta menos
de 5% dos detentos envolvidos com alguma atividade edu-
cacional. Faz-se necessário que o Estado invista em políticas
públicas de educação nas prisões, proporcionando espaços
onde, através do diálogo e de reflexão crítica de suas rea-
lidades, os educandos encarcerados da EJA busquem alter-
nativas de vidas distantes do crime. Neste contexto de apri-