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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

sionamento a educação assume o papel de fomentadora

destas relações e mudanças paradigmáticas.

A escola pode ser considerada como espaço de diá-

logo e reflexão no interior das prisões, desde que

compreenda as particularidades dos sujeitos da

EJA, visando uma sociedade menos desigual, sen-

do importante a participação do Estado na tarefa

de garantir o direito de educação para todos/as,

inclusive para os grupos menos privilegiados, mar-

ginalizados e excluídos pela sociedade. (MENOTTI,

2014, p.134)

Jovens que vivenciam estas relações excludentes, rotu-

lados por indisciplina, deficiências intelectuais, drogadição,

problemas familiares são também oriundos de ações peda-

gógicas descontextualizadas, culminando com o “fracasso

escolar” da educação básica regular diurna e na migração

crescente direcionada para a EJA.

A EJA necessita inserir em seu debate o mundo do

trabalho e as relações conflitantes entre trabalho e capital

desenvolvendo a consciência política capaz de formar su-

jeitos de sua própria história, reconhecendo a importância

da formação integral desses jovens e adultos trabalhado-

res, caracterizando-se como espaço dialético. A educação

necessita ser assegurada e perseguida como direito a ser

efetivado na busca da transformação da sociedade, vislum-

brando relações mais justas e efetivamente democráticas.

Essa concepção indica que a EJA vislumbrando a

Educação Popular encontra terreno fértil para semear suas

ações pedagógicas com os educandos privados de liberda-

de. Apesar de alguns ainda não fazerem a leitura da palavra

é importante que seriamente façam a leitura do mundo.

Assim compreendida e posta em prática, a Educa-

ção Popular pode ser socialmente percebida como

facilitadora da compreensão científica que grupos e

movimentos podem e devem ter acerca de suas ex-

periências. (...) Implica entendê-la e vivê-la, sobre-

tudo vivê-la, como tempo de possibilidade, o que

significa a recusa a qualquer explicação determinis-