XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)
Aprendendo a ler o mundo
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, se reconhecendo sujeito no
mundo, o ser humano codifica o mundo, a si mesmo e as
suas relações de maneira que decodificando mundo, pes-
soas e relações se disponibilize a fazer escolhas, decidir, agir.
A CONVERSA SE FECHA... UMA PAUSA NECESSÁRIA!
Círculo de cultura, prática possível à educação física
escolar mediada por ‘inéditos viáveis’
Assumir os ‘círculos de cultura’ enquanto procedimen-
to metodológico, no âmbito das práticas pedagógicas em
educação física escolar, situada por elementos da educação
popular, vai exigir tomada de decisão delimitando a dimen-
são teórico-filosófica dos projetos em educação.
Que educação? O que esperar da ação pedagógica?
Quais princípios e valores? Estas questões vão dispor refle-
xões evidenciando a necessária delimitação do ponto de par-
tida para a prática pedagógica. Se com Paulo Freire (1987)
a explicação por uma
Pedagogia do oprimido
implicava em
decodificar elementos que justificassem o emergir de outra
filosofia em educação - com o propósito de superar o con-
servadorismo bancário da educação -, uma
Educação como
prática da liberdade
, pensar metodologias de ensino não será
diferente. Exige a delimitação teórico-filosófica com que epis-
temologicamente se possa situar as práticas em educação.
A decisão por assumir os ‘círculos de cultura’, no con-
texto das práticas pedagógica, pressupõe a imersão do pen-
sar-fazer pedagógico situado no universo teórico-filosófico,
político, científico da educação popular. Exige a tomada de
decisão acerca do elenco de conotações que vão declarar a
imersão da prática evidenciando projetos de sociedade.
Sobre isto, Paulo Freire fora enfático. Desde
Educação
e atualidade brasileira
(1959) a
Pedagogia da autonomia, sa-
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Em a
Importância do ato de ler
(1982, primeira edição), retomando refle-
xões acerca do procedimento metodológico descrito em
Educação como
prática da liberdade
(1967) e, posteriormente em
Pedagogia do oprimido
(1970, primeira publicação em português), Paulo Freire (2011, p.19) foi
enfático ao afirmar que no processo da aprendizagem (alfabetização de
adultos, na ocasião) “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”.