XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)
DIVERSIDADE NA CIÊNCIA DA
COMPUTAÇÃO: UMA QUESTÃO DE
AUTONOMIA E EDUCAÇÃO POPULAR
Priscila Giovanella Vivian
1
Ana Luisa Veroneze Solórzano
2
Palavras-chave
: Desenvolvimento tecnológico. Inclusão.
Educação popular. Paulo Freire
INTRODUÇÃO
A Inteligência Artificial (IA) é um dos ramos da com-
putação que mais recebe investimentos. Porém, o desen-
volvimento de tecnologias com IAs vem gerando diversos
casos de preconceito: no reconhecimento de imagens, redes
neurais classificam pessoas negras como gorilas e pessoas
asiáticas como se estivessem piscando; na busca por empre-
gos, o cruzamento de dados permite que mulheres vejam
anúncios de trabalhos com pretensões salariais mais baixas
do que homens (CRAWFORD, 2016).
O progresso tecnológico recebeu grande destaque
nos últimos anos, ao contrário da progressão da marginali-
zação da população em decorrência dessas novas ferramen-
tas. Ambientes de desenvolvimento e pesquisa em compu-
tação são conhecidos por sua homogeneidade social, não
contemplando grande parte da população, seja por etnia,
gênero, condição física ou classe social. A inclusão de mi-
norias pode ser a chave para a eliminação dos problemas
citados anteriormente, incentivando a criação de sistemas
que supram as verdadeiras necessidades das pessoas. Como
diz Freire (1996):
1
Bacharel em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul - PUCRS,
priscila.vivian@acad.pucrs.br.2
Graduanda em Ciência da Computação pela Universidade Federal de San-
ta Maria - UFSM,
alsolorzano@inf.ufsm.br.