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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
tal (Lei 9795/99) esta é um componente essencial e perma-
nente na estrutura do sistema educacional, mesmo que a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96)
promulgada três anos antes não a mencione. Todavia são as
evidências legais como a Constituição Federal de 1988 que
em seu artigo 225 apregoa a obrigatoriedade ao Estado em
assegurar um meio ambiente ecologicamente equilibrado
e, ainda, no ano de 1992, o próprio Ministério da Educa-
ção ter emanado a Carta Brasileira para Educação Ambiental
prevendo a inserção articulada da dimensão ambiental nos
currículos a afim de estabelecer um marco fundamental para
implantar a EA também no ensino superior.
Esta preocupação com a relação do homem e natu-
reza ganha atenção especial nos idos de 60 e 70, quando a
necessidade de ampliação de discussões que permeassem
uma Educação comprometida e preocupada com o impe-
dimento da devastação dos recursos naturais, afim de con-
trolar o crescimento desenfreado da produção industrial
desmedida.
O termo EA surge, assumindo um relevante papel na
problematização do antropocentrismo, estabelecido na dico-
tomia sociedade e natureza, como se ambos não estivessem
estreitamente relacionados. A EA emerge com distintas con-
cepções, fundamentos e epistemologias, bem como, meto-
dologias e discussões sobre o que seria ou não “conteúdo”
ou campo de aprofundamentos teórico e prático da EA.
Passamos de um entendimento naturalista ou “movi-
mento verde ambientalista” iniciado por ecologistas e mo-
vimentos sociais, na busca de conscientizar os sujeitos com
informações visando mudanças comportamentais e quiçá
um olhar crítico e reflexivo sobre o ambiente, entendendo
ainda que consciência implica participação política e não
apenas mera transmissão de conhecimentos e informações.
Atualmente é notório que nos contextos escolares e
não escolares a dúvida que perpassa os discursos e repre-
sentações sociais é o debate sobre a “crise ambiental”. Ao
pensar a EA, em tempos “pós-modernos”, ainda “caímos”