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EIXO 1 – PAULO FREIRE E DIÁLOGOS INTERNACIONAIS

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

turada pela opressão e desigualdade. Entretanto a teoria de

Freire é criticada por ter uma ontologia explícita e a teoria

do Ranciere é valorizado por supostamente não cometer o

pecado de ontologizar, Rancière não é capaz de pensar em

qualquer projeto social emancipatório porque suas “opi-

niões” não permitem tais pensamentos. Eu examinarei esses

caminhos Rancièreanos que supostamente superam a teoria

Freireana, e argumentarei que essas novidades de Rancière

não avançam para uma compreensão emancipatória. Além

disso, afirmarei a importância de definir explicitamente uma

estratégia de emancipação social (que é negado por Ranciè-

re e afirmado pelo Freire) e afirmarei também que a demo-

nização da ontologia (como fazam Ranciere e seus acólitos)

é uma grande ilusão que tende a se colocar como obstáculo

para um encontro com o mundo concreto, além do fato que

visa evitar as abstrações teóricas e alcançar um encontro

com o concreto. No campo dos estudos educacionais es-

tadunidenses, essa tendência crescente de utilizar Jacques

Rancière contra Paulo Freire acaba na pureza da teoria e na

falta de ação. Uma volta para a teoria Freireana ajudaria bas-

tante para corrigir essa situação.

REFERÊNCIAS:

FREIRE, Paulo.

Pedagogy of the Oppressed

. Bloomsbury

Press, 1970

GALLOWAY, Sarah. Reconsidering Emancipatory Education:

Staging a Conversation Between Paulo Freire and Ja-

cques Rancière.

Educational Theory.

vol. 62, No. 2,

2012 p. 163-184.

RANCIÈRE, Jacques.

The Ignorant Schoolmaster

. Stanford

University Press, 1991