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EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

Disso, não podemos desconsiderar que tal educa-

ção ambiental não contribuiu para melhor as condições de

vida dos injustiçados e/ou no enfrentamento daqueles que

as causas ou que deles se beneficiam. Mas, uma educação

para a justiça ambiental deveria se “auto-declarar na prá-

tica enquanto anticapitalista, resistente as relações sociais

de exploração, que nasça como instrumento de luta dos

explorados para os explorados a partir dos conflitos e/ou

fazendo-os emergir, sempre se colocando de forma cola-

borativa ao lado e com esses grupos” (idem, 2015). Ou seja,

seus propositores deveriam “atuar junto aos grupos sociais

atingidos de forma programada e sistemática (pela injustiça

ambiental)” tendo como parâmetro os “princípios e práti-

cas da Rede Brasileira de Justiça Ambiental” que delinearam

naquele artigo. Mas, não “pretendemos dizer aos injustiça-

dos e que vivam a desigualdade o que é melhor para eles,

mas sim com eles produzir/definir/contribuir para suas lu-

tas”, mas, colocando-se “ao lado, com e junto a eles” (idem,

2015). Portanto, substituí-los ou colocar-se em seu lugar,

falando por eles/as.

A ECONOMIA POPULAR SOLIDÁRIA E SUA UTOPIA

EDUCATIVA

A economia popular solidária torna-se mais visível na

década de 1990, no período de auge do neoliberalismo no

contexto brasileiro, a partir da recuperação de fábricas que

estavam em processo de fechamento e falência (devido à

desindustrialização e ao desemprego estrutural). Nesta os/

as trabalhadores/as começam a se apropriar do ambiente

de trabalho e de produção, e buscam a partir daí criar novas

formas de relações e organizações populares, por meio

das cooperativas nos assentamentos de reforma

agrária, das cooperativas populares nas periferias

metropolitanas, formada com auxílio das incubado-

ras universitárias e dos Projetos Alternativos Comu-

nitários (PACs) semeados pelas Cáritas nos bolsões

de pobreza dos quatro cantos do Brasil. Com a mo-