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EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

Fernandes e Fischer (2018, no prelo) afirmam que

estas iniciativas contrapõem-se a lógica de exploração, dá

visibilidade de que outro tipo de organização é possível, in-

clusive resgatando a centralidade do trabalho na vida dos/

as trabalhadores/as e viabilizando seu princípio educativo

na práxis cotidiana. E, de que se pode “evidenciar a tenta-

tiva de prática do trabalho como um princípio educativo,

assim como um possível caminho para a formação huma-

na omnilateral” a partir de experiências ECOSOL. Para tanto,

se apóiam em estudos realizados sobre a educação/forma-

ção em espaços de Ecosol em 23 teses e dissertações entre

2006 e 2014. E concluem que “foi possível identificar que

ele é vivenciado cotidianamente pelos/as trabalhadores/as

no processo de consciência da exploração do capital (tam-

bém proporcionado pelas formações educativas estudadas)

e nesse novo saber/fazer no trabalho associado” (Fernandes

e Fischer, 2018).

No entanto, citando Novaes (2009), afirmam que as

“experiências desse tipo contribuem para uma superação do

trabalho alienado, porém, para chegarem a contribuir para a

emancipação humana, ainda é necessário suprir necessida-

des humanas mais imediatas e consolidar políticas públicas

de garantia de direitos e de educação da ECOSOL. Portan-

to, há uma tentativa das formações/atividades de educação

dar conta do caráter de fortalecimento emancipatório, que

a política nacional de educação destaca como um proces-

so permanente de busca, sendo esse seu princípio básico. E

ainda, apesar da positividade destas alternativas da utopia

por outra economia e organização social, dizem que salvo

4 experiências de auto-organização/autogestão (ITES/UFBA,

ANTEAG, ITCP/USP, INCUBES/UFPB), as demais cursos/ati-

vidades tinham “já pré-estabelecem os conteúdos a serem

trabalhados” e, portanto, sua gênese de cosntrução se deu

“de cima para baixo” (idem, 2018). Assim, além da falta de

visibilidade, “existem também as dificuldades em lidar com a

autogestão X a heterogestão (aprendida socialmente no ca-

pitalismo), além da contradição do sentimento de liberdade