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EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

mos considerar dois grandes campos epistemológicos em

conflitos: de um lado o paradigma da ordem, do sistema,

do capitalismo, da sociedade desigual e injusta; existente na

realidade brasileira (e se mantém, e se reproduz e permane-

ce); de outro, e ao contrário deste, o paradigma emergente;

o alternativo, o instituinte.

O ponto de vista e/ou a utopia que objetiva manter,

sustentar, conservar, preservar e dar continuidade à ordem

do “sistema realmente existente” Santos chamou de para-

digma tradicional (dominante e/ou hegemônico). De outro,

em conflito contra este sistema Santos intitulou de emer-

gente (SANTOS, 1996). Se o paradigma instituído, da ordem,

da exploração da natureza e seu controle pelos humanos

para o consumismo capitalista, a ênfase em verdades e de

que o mundo funciona baseado em leis, em uma relação

“natural” entre as pessoas, as classes, os grupos sociais e

o meio ambiente; por outro lado, e em sentido contrário,

instituinte, a desordem e o caos, a criação e a produção sob

controle dos que produzem, a critica a exploração e a do-

minação, a destruição da natureza e os limites planetários

à acumulação sem fim capitalismo, diríamos fazerem parte

deste paradigma alternativo. Nesta perspectiva, a constru-

ção de espaços de autogestão no espaço educativo, nos es-

paços de produção, e dos território deveriam fazer parte da

discussão das políticas e da gestão das cidades, pois se os

capitalistas e seus teóricos buscam a perpetuação de seu

sistema em todos os espaços (da produção, da educação,

das cidades, etc.). O mesmo deveria ser feito pelos explora-

dos, os dominados e oprimidos com seus apoiadores!

A EDUCAÇÃO PARA A JUSTIÇA AMBIENTAL

O observatório dos Conflitos Urbanos e Ambientais

do Extremo Sul do Brasil vem mapeando e refletindo sobre

a relação dos conflitos com a educação ambiental. Disso,

em 2015 alguns pesquisadores (SANTOS, GONÇALVES e

MACHADO, 2015) deste Observatório argumentaram para a

necessidade de uma educação para a justiça ambiental que: