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EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

Nesse decurso, o autor conceitua a formação desuma-

nizante – que está articulada à opressão dos que dominam

o poder econômico sobre os que são explorados por esta

dominação – como um processo de diminuição da vocação

social da humanidade, ao passo que se apresenta como o

meio propulsor dos sujeitos na busca de sua humanização,

Freire (1987) anuncia:

[...] a violência dos opressores, que os faz também

desumanizados não instaura uma outra vocação – a

do ser menos. Como distorção do ser mais, o ser

menos leva os oprimidos, cedo ou tarde, a lutar

contra quem os fez menos (p.30).

Daí a inconclusão dos homens e das mulheres como

espaço de possibilidades, neste movimento contínuo da

sociedade, que se mantém dialeticamente num processo

de ensino e aprendizagem no mundo e com o mundo, si-

tuado então dentro e fora da escola. Neste, os sujeitos, ao

se relacionarem entre si, percebem-se enquanto constru-

tores da história. Através do seu trabalho, agem e reagem

frente aos condicionamentos que os oprimem, os quais

Freire pontua como situações limites, capazes de serem

superadas pela práxis, num exercício constante de ação-

-reflexão-ação.

Acreditamos que esteja neste exercício prático/re-

flexivo a tônica do método freireano: ensinar e aprender a

escrever a sua história, como autor(a) e como testemunha

de sua própria trajetória, isto é, biografar-se, existenciar-se,

historicizar-se. Um processo que segunda Ortega (In FREIRE,

1987) “a vida deixa de ser biologia e passa a ser biografia”.

Neste sentido, é que podemos afirmar que a peda-

gogia de Paulo Freire, enquanto método de alfabetização;

ultrapassa os limites do aprender a copiar e reproduzir có-

digos da grafia portuguesa. Neste autor, encontramos o

método de alfabetização para vida - método de alfabetiza-

ção, que segundo Fiore (In FREIRE, 1987), tem como ideia

motivadora toda a amplitude humana da “educação como

prática da ‘liberdade’, o que em regime de dominação, só se