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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO

pode produzir e desenvolver na dinâmica de uma “pedago-

gia do oprimido”.

Neste movimento, compreende-se que Educação

para Freire se apresenta como um dos eixos centrais para

o fortalecimento das relações humanas. Em um exercício

de denúncia/anúncio, o autor denuncia as contradições e

os antagonismos que permeiam o cotidiano de uma edu-

cação bancária

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, ao passo que anuncia as possibilidades de

transformação desta realidade por meio do processo de

conscientização de homens e mulheres, mediados por uma

práxis problematizadora e dialógica. Segundo Freire (1987):

O antagonismo entre as duas concepções, uma,

“bancária”, que serve à dominação; outra, a proble-

matizadora, que serve à libertação, toma corpo exa-

tamente aí. Enquanto a primeira, necessariamente,

mantém a contradição educador-educandos, a se-

gunda realiza a superação. Para manter a contradi-

ção, a concepção “bancária” nega a dialogicidade

como essência da educação e que se faz antidia-

lógica; para realizar a superação, a educação pro-

blematizadora – a situação gnosiológica – afirma a

dialogicidade e se faz dialógica (p.68).

Desse modo, a dialogicidade se apresenta como ins-

trumento de mediação entre os saberes, configurando-se

em atividade objetiva da ação transformadora. Dessa forma,

é estabelecida uma relação que, no ato de dizer a palavra

autêntica, no encontro entre os homens e mulheres é que

se torna possível desenvolver a consciência crítica entre os

sujeitos que se inserem no processo de superação de suas

situações limites, comprometendo-se também com a recu-

peração de sua humanização. Assim,

[...] quando tentamos um adentramento no diálogo

como fenômeno humano, se nos revela algo que já

8

Segundo Freire, “Na concepção “bancária” que estamos criticando, para a

qual a educação é o fato de depositar, de transferir, de transmitir valores

e conhecimentos, não se verifica nem pode se verificar esta superação.

Pelo contrário, refletindo a sociedade opressora, sendo dimensão da “cul-

tura do silêncio” a “educação” “bancária” mantém e estimula a contradição

(FREIRE, 1987, p. 59)”.