XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 4 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DO CAMPO:
RESISTÊNCIA E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS
A ESCOLA PÚBLICA ESTATAL
NO CAMPO DO CAMPO
Patricia Rutz Bierhals
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Palavras–chave:
escola pública - Educação Popular do
Campo
INTRODUÇÃO
Pensar a educação no Brasil, neste período históri-
co, é no mínimo desafiador e na maioria das circunstân-
cias apavorador, devido às proposições e reformas do atual
governo Temer. A escola pública
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no modo de produção
capitalista está vinculada ao projeto educativo e de socie-
dade burguês ao qual o governo está nitidamente atre-
lado, inundado de ações claramente liberais e neoliberais
(KATZ, 2016), que atingem diretamente a classe proletária
(Marx, 2017). Nesse modelo, a educação está atrelada á
lógica organizativa do sistema socioeconômico, compro-
metido com a manutenção do projeto de desenvolvimento
que acirra a luta de classes entre opressores e oprimidos
(FREIRE, 1978) com uma educação bancária e excludente
(FREIRE, 1996).
No entanto, Movimentos Sociais Populares e sindicais
do campo estão engajados da luta e discussão do projeto
de sociedade e vinculado a este, a discussão de um projeto
educativo, coerente com uma educação libertadora na esco-
la pública enquanto espaço de disputa.
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Professora, Pedagoga, Mestra em Educação e Doutoranda em Educação –
UFRGS; CAPES.
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o termo ‘escola pública’ tem sido questionado, pois o termo ‘escola es-
tatal’ seria mais adequado, ao considerarmos a oferta da educação pelo
Estado brasileiro (PARO, 2000; SILVA, 2007), pois, a escola para ser pública
precisaria estar garantindo o acesso, a permanência e uma educação de
qualidade para todos. No entanto, será usado o termo escola pública
por ser recorrente nos textos publicados em livros e revistas do universo
acadêmico.