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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 15 – PAULO FREIRE E AS INFÂNCIAS

res, pensamentos e atitudes, além de constituir o amor e

o encantamento pela literatura. Devido aos aspectos men-

cionados o projeto “

Hora do Conto: lendo a palavra e

auto(trans)formando realidades

” tem como principais

objetivos, possibilitar o desenvolvimento da imaginação e

da criatividade, através de espaços movidos pelo diálogo,

escuta, socialização de vivências e conhecimento de mundo

dos adultos e das crianças.

A experiência proporcionada pelo projeto Hora do

Conto nos ajuda a compreender como é essencial para a

criança, desde o início da sua vida escolar, estar constan-

temente em contato com os livros e o prazer que a leitu-

ra produz. Principalmente nos dias atuais, este contato não

deve ocorrer de maneira tradicional, mas sim através de um

ensino inovador, capaz de não seguir os moldes de uma

metodologia que preza o professor como o transmissor de

conhecimentos absolutos e as crianças como meros recep-

tores passivos. É preciso um planejamento que contenha

dinâmicas ligadas ao universo infantil e que proporcione

diversão, criação e inclusão, aspectos sempre considerados

pelo grupo durante a escolha das histórias trabalhadas.

A partir da leitura e discussões proporcionadas pelos

livros de Paulo Freire, entendemos a necessidade das histó-

rias infantis estarem relacionadas com os contextos em que

vivem as crianças e os jovens.

A leitura do mundo precede

à

leitura da palavra,

daí que a posterior leitura desta não possa prescin-

dir da continuidade da leitura daquela linguagem

e realidade se prendem dinamicamente. A com-

preensão do texto a ser alcançada por sua leitura

crítica implica a percepção das relações entre o tex-

to e o contexto (FREIRE, 2011, p.19-20)

Nesse sentido, através da leitura do mundo particular

e coletivo dos sujeitos, torna-se possível ler e compreender

as palavras significativas com criticidade e não através de

atos mecânicos. O autor afirma que os processos de leitu-

ra da palavra e do mundo precisam comprometer-se com