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EIXO 15 – PAULO FREIRE E AS INFÂNCIAS
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
“Poderíamos dizer que o professor se tornou um
aprendiz permanente, um construtor de sentidos,
um cooperador, e, sobretudo, um organizador da
aprendizagem. Não há ensino-e-aprendizagem
fora da “procura, da boniteza e da alegria.” (Gadot-
ti, 2007, p. 13)
Em toda sua obra, Paulo Freire nos fala de sonho e
utopia, pois para ele, sem sonho e sem utopia, sem denúncia
e sem anúncio, só resta o treinamento técnico a que a edu-
cação é reduzida. (Pedagogia da indignação, 2000, p.124)
Junto ao comprometimento profissional, é necessário
o educador viver intensamente sua prática educativa, que
precisa ser baseada na coerência de suas atitudes e valores.
Assim, fica evidente o papel político do profissional da edu-
cação, como diz Freire “a força do educador democrático
está em sua coerência exemplar: é ela que sustenta sua au-
toridade”. O educador que diz uma coisa e faz outra, etica-
mente irresponsável, não é só ineficaz: é prejudicial (FREIRE,
2001, p. 73).
Em seu livro Pedagogia da Autonomia, Freire cita os
saberes necessários à prática educativa, mas acima de tudo
podemos dizer que cita os passos necessários na busca de
uma escola pública popular mais autônoma e libertadora.
Não podemos apenas medir a qualidade do ensino, precisa-
mos sentir seu crescimento diariamente em nossas escolas e
sucessivamente na vida de alunos e professores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluo referendando que acredito que seja impossí-
vel ser um educador e não se importar com a realidade de
seus alunos. De estar diariamente com eles e não se impor-
tar com o que pensam e sentem. Freire dizia: Se não pos-
so, de um lado, estimular os sonhos impossíveis, não devo,
de outro, negar a quem sonha o direito de sonhar. Quando
construímos laços de amizade com nossos educandos, às
experiências praticadas por eles na escola se tornam ines-
quecíveis para o resto de suas vidas e eles se tornam sujei-