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EIXO 2 – PAULO FREIRE: MEMÓRIA, REGISTRO, IDENTIDADE E ACERVO

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

Características da teoria da ação

anti-dialógica

Características da teoria da ação

dialógica

Conquista

Há dominadores e dominados. Re-

lações paternalistas.

O conquistador determina os obje-

tivos, os conquistados executam. A

conquista é econômica e cultural.

O mundo é mitificado e a realidade

é apresentada como natural.

A aproximação entre conquistado-

res e conquistados é feita por co-

municados.

Co-laboração

Homens e mulheres são atores

da ação de sua libertação.

Co-laborar pressupõe a adesão

livre ao grupo.

A confiança, necessária à organi-

zação, é resultante do encontro.

A inserção como sujeitos da his-

tória se efetiva na análise crítica

da própria realidade.

Problematizar a realidade implica

em agir para transformá-la.

Divisão para manter a opressão

Há separação entre planejadores e

executores.

Há seres humanos inferiores e su-

periores.

São utilizados métodos sutis e ex-

plícitos para reprimir a criatividade

e a autonomia.

É

disseminada a necessidade de

harmonia entre os que compram e

os que vendem a força de trabalho.

Sãoutilizadostreinamentos diferen-

ciados para líderes e liderados. São

estimuladas visões localistas que

impedem a percepção crítica da

realidade.

União

A descoberta de si mesmo como

sujeito histórico, com possibili-

dades de interferir no futuro, só

acontece na união auto- organi-

zada.

No diálogo, em união, o primeiro

passo é a desmitificação da rea-

lidade.

Na união o grupo pode escolher

seus líderes ou representantes e

delegar-lhes tarefas.

A liderança se encontra sob a for-

ça do poder do grupo e uma de

suas responsabilidades é mantê-

-lo unido.

A unidade interna do grupo, que

reforça e organiza o poder, só

existe na unidade do grupo entre

si e com sua liderança.

Em todos os processos organizacionais que descreve-

ram, as autoras ressaltaram a posição central que ocupava

a aprendizagem. De acordo com elas, nas formulações de

Paulo Freire: “na ação dialógica, os sujeitos se encontram

e co-laboram com o objetivo, ou seja, se auto-organi-

zam e aprendem no processo de auto-organização e se

conscientizam na própria prática organizacional” (MORAES;

MISOCZKY, 2010, p.104). A aprendizagem é uma das duas

dimensões do aspecto contraditório das relações sociais. A

outra dimensão refere-se ao permanente risco de coopta-

ção pelo sistema. O MDT La Matanza perdeu as característi-

cas que o definiam, mas a consciência que os seus membros