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1962

EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

berdade de decidir, mesmo correndo o risco de não

acertar, a seguir a decisão dos pais. É decidindo que

se aprende a decidir. Não posso aprender a ser eu

mesmo se não decido nunca porque há sempre a

sabedoria a e sensatez de meu pai e de minha mãe

a decidir por mim. (FREIRE, 2015, p.103)

Quando fala em liberdade, Freire (2015) aposta na

autonomia que não é adquirida de maneira rápida, instan-

tânea, mas num processo de amadurecimento do

ser para

si

, enquanto

um vir a ser

. Diferentes experiências, que esti-

mulam um comprometimento e contribuem no amadure-

cimento, à medida que as responsabilidades forem sendo

atribuídas com respeito e liberdade.

A respeito desta questão, escreve a professora Edna

Castro de Oliveira, no prefácio da Pedagogia da Autonomia

(FREIRE, 2015, p.13):

Num momento de aviamento e de desvalorização

do trabalho de professor em todos os níveis, a pe-

dagogia da autonomia nos apresenta elementos

constitutivos da compreensão da prática docente

enquanto dimensão social da formação humana.

Para além da redução ao aspecto estritamente pe-

dagógico e marcado pela natureza política de seu

pensamento, Freire adverte-nos para a necessidade

de assumirmos uma postura vigilante contra todas

as práticas de desumanização. Para tal, o saber-fa-

zer da autorreflexão crítica o saber-ser da sabedoria

exercitados permanentemente, podem nos ajudar a

fazer a necessária leitura criticadas verdadeiras cau-

sas da degradação humana e da razão de ser do

discurso fatalista da globalização.

A emancipação humana passa, na visão dos autores

em foco, necessariamente, pelo viés da educação humana,

que possibilita aos seres humanos poder usufruir desse es-

paço de libertação cotidiano. Na educação, contudo, é im-

portante compreender as práticas desumanas e opressoras

que acontecem no dia a dia da sociedade que, por vezes,

reproduz desigualdades causando um acentuado grau de

dependência das questões mais vitais tais como: saúde, ha-