1968
EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
idiossincrasias dos educandos. Estas diferenças afetam dire-
tamente a produção de conhecimento que nasce das refle-
xões sobre a práxis do ensino, mas cabe também sublinhar
as semelhanças. Tendo este contexto em mente, proponho
como objetivo do trabalho oferecer uma discussão dos des-
dobramentos da Politicidade de Paulo Freire em suas possí-
veis tangentes com a dimensão política do conceito de esté-
tica para Ranciére enquanto reflexos do próprio processo de
ensino-aprendizagem. Assim, o texto se divide da seguinte
maneira: esta abertura; uma seção de contextualização das
questões ligadas ao audiovisual e o ensino de história do
cinema brasileiro e o papel do conceito de tradição; e por
último as considerações da política das estéticas (ou estéti-
cas políticas, ou estética enquanto política, de Ranciére) e o
esforço freireano das politicidades como implicação da pro-
dução de conhecimento e prática de educação.
As metodologias de trabalho aqui empregadas foram
as de revisão bibliográfica e análise bibliométrica de dados.
Respeitando meu próprio lugar de fala, como pesquisador
da área do audiovisual, e formado nesta área, é importante
expressar, e que se deixe sublinhada, a ausência de supor-
te pedagógico que contemple o ensino de audiovisual. Os
esforços nesta frente acabam sendo o recolhimento frag-
mentário de questões voltadas a outras disciplinas (artes,
estética, teatro, literatura) para que se monte um mosaico
capaz de estruturar e suportar uma prática de ensino bas-
tante específica. Se, por um lado, esta abordagem respeita o
próprio devir do Audiovisual, uma prática que, em si, dialoga
com saberes de outras áreas e se mune delas para criar uma
expressão original, por outro, nossos esforços acadêmicos
parecem ainda não dar conta da organização de reflexões
e partilha de experiências que partam das próprias idiossin-
crasias da área.
A revisão de estado da arte buscou nas bases de da-
dos do IBICT (Instituto Brasileiro de Informação, Ciência e
Tecnologia), banco de teses e dissertações da CAPES (Cen-
tro de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior), e