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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
mais podemos verificar a vigência de relações de opressão
dentro de nossa sociedade, o que nos remete a buscar atra-
vés da educação o empoderamento individual e coletivo
através do qual se pode buscar uma transformação da nos-
sa sociedade. No campo da educação, mais especificamente
da Educação Ambiental, podemos vislumbrar um potencial
de amadurecimento de uma teoria da ação dos oprimidos
(MACHADO; MACHADO, 2017), que contemple a luta con-
tra as injustiças a partir dos próprios grupos injustiçados, o
que temos chamado de “educação para a Justiça ambiental”
(SANTOS et. al., 2015).
Esta perspectiva de ação transformadora identifica
potencialidades em comum tanto na teoria educacional
anarquista, quanto nas contribuições pedagógicas de Paulo
Freire e Ivan Illich. Este trabalho apresenta uma aproximação
inicial em relação a estas propostas.
OBJETIVO
Discutir em termos gerais quais são as principais con-
tribuições, convergências e divergências presentes nestes
dois autores no que se refere à discussão sobre educação,
sociedade e transformação social, tendo enquanto pano de
fundo o diálogo destes autores com a perspectiva pedagó-
gica libertária.
REFERENCIAL TEÓRICO
O movimento anarquista, também conhecido por so-
cialismo libertário, desde o século XIX e perpassando todo o
século XX, se caracterizou enquanto uma proposta política,
econômica e social, frontalmente contrária ao capitalismo e
suas mais variadas nuances. Desde os primeiros tempos em
que se estabeleceu enquanto corrente socialista no movi-
mento operário internacional, o anarquismo ficou conheci-
do na sociedade capitalista enquanto um projeto revolucio-
nário pautado especialmente por organização e participa-
ção em eventos tais como greves, manifestações em geral