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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
A insistência na quantidade de leituras sem o de-
vido adentramento nos textos a serem compreen-
didos, e não mecanicamente memorizados, revela
uma visão mágica da palavra escrita. Visão, que
urge, ser superada. (FREIRE, pag.27, 1993)
Na Educação Infantil, obviamente que a cobrança é
menor, mas ainda assim, tem alguns professores, que muitas
vezes sem querer, acabam fazendo. Por exemplo, a profes-
sora senta todos no tapete da sala e diz: “Agora a ‘profe’
contará uma história, tem que prestar atenção porque de-
pois, vamos fazer um desenho sobre ela! Quem não prestar
atenção não vai saber o que fazer!”.
A leitura na Educação Infantil, mesmo sendo visual,
auditiva e sensitiva também é uma leitura.
A leitura nunca deve ser levada como um ato somen-
te para resultados. Isso se faz na vida acadêmica, onde o
educando terá maturidade de saber, que para se apropriar
de algo ele precisa fazer um esforço, mesmo não sendo do
seu interesse, porém, se faz necessário. Na infância, nos pri-
meiros anos das séries iniciais, porque não se fazer a leitura
como algo prazeroso? Permitir que os alunos possam ouvir
uma história com a imaginação do abstrato voltado total-
mente para o lúdico e não com a preocupação do que irão
desenhar depois, para não desagradar seu professor.
A leitura nos liberta. A leitura nos dá propriedade. A
leitura leva a outros países, culturas...a leitura pode emocio-
nar, fazer sorrir ou chorar. A leitura aumenta o vocabulário,
auxilia na memorização da grafia das palavras, auxilia o pen-
samento e discurso crítico...faz com que o ser conheça algo
até então desconhecido. Vai além de conteúdos. Como dizia
Voltaire:
“A leitura engrandece a alma”. (Voltaire, 1777).
Na sociedade atual, se faz mais do que necessário,
engrandecer a alma. Estamos vivendo um momento críti-
co onde esperanças estão sendo esgotadas pelos poderes
públicos. Política, que fazemos parte. Cabe sim, a nós, pro-
fessores, incentivar, aqueles que nos rodeiam, sejam eles,
crianças, jovens ou adultos a lerem. Começando a fazer isso
de uma maneira prazerosa. Fazendo com que todos vejam