XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
[...] os conteúdos do ensino não são outros senão
os conteúdos culturais universais que vieram a se
constitui em patrimônio comum da humanidade,
sendo permanentemente reavaliados à luz da rea-
lidade sociais nas quais vivem os alunos. (SAVIANI,
p. 419, 2013.).
Implica, desse modo, entender que aos professores
cabe o exercício de ensinar e relacionar o conhecimento uni-
versal com a experiência concreta dos alunos, e ao mesmo
tempo ajuda-los a ultrapassar o limite do horizonte das suas
experiências cotidianas e relacionar com outras realidades.
Assim encontrar formas de colocar a educação a serviço da
transformação social e a escola um espaço primordial dessa
mudança.
Os componentes curriculares da área das Humanas
(História, Geografia, Sociologia e Filosofia), assim como Arte
e Educação Física são fundamentais e podem ser articulado-
ras da interdisciplinaridade entre elas e com os demais com-
ponentes curriculares, o que torna possível um aprendizado
integral e integrador dos saberes dos educandos, melhor
preparando-os e capacitando para a vida em sociedade e
para o trabalho e demais relações de vivências e convivên-
cias sociais.
A partir de um olhar freireano podemos considerar que
o processo de ensino-aprendizagem precisa ser guiado à luz
do diálogo, da autonomia do sujeito, do saber transforma-
dor, o qual possibilita as pessoas se conscientizarem de suas
condições sociais, culturais, econômicas e políticas. O que
está para além do fato de simplesmente instrumentalizar os
educandos com conhecimento, mas de dar oportunidade
para a conscientização do seu saber, porque e como vai lidar
as mais distintas situações da sua vida a partir daquilo que
sabe. Isso tudo é tornado concreto pela realização de uma
educação dialógica entre educador e educando, educando-
-educando, educador e seus pares. De acordo com Freire,
“somente o diálogo, que implica um pensar crítico, é capaz,
também, de gerá-lo.” (FREIRE, p. 115, 2014). Acrescenta ele: