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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

forma como o sujeito sente, age e media os espaços implica

nas ações que se constroem e se efetivam.

As experiências metodológicas marcam pelo seu con-

teúdo subjetivo, muitas vezes, não há palavras, mas a men-

sagem expressa pelos gestos. No grupo de Estudos que reu-

nimos mensalmente identificamos que um diálogo pedagó-

gico pressupõe dialogar com as pessoas e as ciências por-

que não pensamos do mesmo modo. Segundo Freire (1987,

p. 45) “é o encontro em que se solidariza o refletir e o agir

de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado

e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar

ideias de um sujeito no outro”, assim, o diálogo favorece a

construção de conceitos que possam ser entendidos e aos

poucos consensuados. Ao mesmo que é uma metodologia

o diálogo é também, uma estratégia de convivência huma-

na que se alicerça na confiança. Muitas situações de dificul-

dades são resolvidas pela possibilidade de dialogar através

de intenções reais. Assim o agir está aliado às palavras que

digo, ou seja, o que falo gera confiança e segurança porque

está conectado diretamente com o que faço.

Há formas de manifestação que expressam mais do

que palavras, são as dinâmicas que se colocam entre os que

ensinam e aprendem. Há muitos diálogos que se manifestam

pelo gesto. Mas também, muitos diálogos são silenciados

em função das atitudes de controle. Na educação bancária,

por exemplo, se sobrepõe o caráter narrativo de ensinar, do

transmitir os ensinamentos, ou seja, professor determina o

que o aluno deve fazer, tratando como ser vazio, destituído

de vivências, saberes e desta forma, são sobrecarregados de

conteúdos prontos. Como aponta Freire (2008), esta serve

como um instrumento legitimador de uma composição de

poder econômico e político para manutenção de uma estru-

tura de dominação.

A educação dialógica, contrariamente a educação

bancária, implica o professor reconhecer seu aluno como

sujeito capaz de ensinar e de aprender e, desta forma, di-

mensiona uma educação emancipatória, problematizadora,