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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

A interligação do processo vivido na maratona pelo

conhecimento amplia o nível, o lugar da curiosidade que

avança, se alarga de crítica para epistemológica. A curiosida-

de nem sempre é bem aceita ou legitimada, principalmente

no ambiente escolar, pois ela normalmente vem acompa-

nhada de uma pergunta, de uma dúvida que suscita busca,

exigindo a “superação da aula copiada, a transformação dos

alunos de objetos em sujeitos da relação pedagógica” (MO-

RAES,2004, p. 135) percorrendo a maratona, aprendendo a

aprender. Nesse sentido é que proponho essa comunicação

pautada pela reflexão teórica acerca da curiosidade e cons-

ciência em Freire, considerando o processo de construção

do conhecimento no cotidiano escolar.

Para avançar nessa reflexão, inicialmente busco com-

preender como Paulo Freire apresenta os termos curiosida-

de e consciência. Na sequência exploro a tríade do conheci-

mento e ao final apresento algumas aproximações e distan-

ciamentos desta com o cotidiano escolar.

CONSCIÊNCIA E CURIOSIDADE À LUZ DE PAULO FREIRE

Não há como abordar o termo consciência sem me

valer do conceito que o antecede na obra de Freire, ou seja,

conscientização. Ao ouvir pela primeira vez a palavra cons-

cientização, Freire relata: “percebi imediatamente a pro-

fundidade de seu significado, porque estou absolutamente

convencido de que a educação como prática da liberdade, é

um ato de conhecimento, uma aproximação crítica da reali-

dade” (1979, p. 25).

Dessa forma, conscientização está diretamente asso-

ciada ao processo de educação para a liberdade no sentido

do encontro com o conhecimento, com a descoberta, com o

despertar, com o comprometimento e com o compromisso

com a realidade e consigo mesmo, na medida em que o ser

humano se percebe como parte da história, como um sujei-

to histórico-social.

Para Freire, a conscientização é um ato muito mais

evoluído do que ter consciência, ou seja, “a tomada de cons-