XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 2 – PAULO FREIRE:
MEMÓRIA,
REGISTRO, IDENTIDADE E ACERVO
CARTA PEDAGÓGICA: RELATO
DA MINHA EXPERIÊNCIA DE LEITURA
DO LIVRO
CARTAS A CRISTINA
Débora Peruchin
1
Caros colegas pesquisadores e educadores,
Gostaria de falar-lhes sobre minha leitura do livro
Car-
tas a Cristina
, no qual Paulo Freire reúne cartas que escreveu
enquanto estava no exílio. Ao percorrer as páginas do livro,
confesso que fiquei encantada. A leitura flui com facilidade
e convida a seguir às próximas páginas, à espera ansiosa de
seus próximos relatos.
O livro é dividido em duas partes. Inicialmente, Freire
relata situações de sua própria vida, tornando o texto de
certa forma autobiográfico. Entretanto, não apenas narra
um determinado acontecimento, mas relaciona-o a algum
conceito que defende e reflete sobre o mesmo. No segundo
bloco de cartas, Freire se propõe a escrever sobre temas es-
pecialmente importantes ao Brasil, o que concentra a escrita
em torno de conceitos e torna a leitura mais densa.
Para escrever a presente carta, pensei em relatar bre-
vemente os pontos que se destacaram durante a leitura do
livro. É importante mencionar que minha leitura reflete a vi-
são que tenho no momento, de acordo com minhas concep-
ções e minha experiência de vida. Sendo assim, os pontos
que destaquei são importantes para mim, de acordo com
minha visão pessoal. Como Freire explica durante a introdu-
ção do livro, somos sujeitos históricos, portanto refletimos
em nossa leitura e escrita aquilo que somos no momento
em que o fazemos.
O primeiro trecho que se destacou está localizado na
introdução. Freire relata a alegria e o prazer que sente em
1 Doutoranda em Educação, Universidade de Caxias do Sul. E-mail:
dperuchin@ ucs.br