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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
reflexão, capacidade de implicação correlata a um empenho
responsável e a capacidade de comunicação em situação de
confrontação intersubjetiva. Conforme Josso (2004), essas
capacidades são exercidas e desenvolvem-se em três tem-
pos: na narrativa oral, na narrativa escrita e na interpretação
intersubjetiva.
A pesquisa-formação possibilita ao sujeito participan-
te o aprender a expor as suas sensibilidades, a aprofundar
as relações entre pensar, escrever e viver, e a tornar-se mais
conscientemente responsável pelo sentido conferido às
buscas que animam a sua vida e responsável pelas valoriza-
ções que a orientam.
A metodologia, pesquisa-formação, além de ser um
instrumento de investigação é ao mesmo tempo um ins-
trumento pedagógico que constitui uma íntima imbricação
entre pesquisador e narrador, na perspectiva educativa de
autoformação. O essencial do trabalho da pesquisa-forma-
ção, de acordo com Josso (2004), reside na formulação de
questões que permitem a cada participante colocar em mo-
vimento o seu próprio questionamento.
Desse modo, processos autoformativos possibilitam,
aos sujeitos, vivências de troca de conhecimento, de reco-
nhecimento e de compreensão dos pensamentos, senti-
mentos e ações que fazem parte do viver cotidiano. Assim,
tais vivências têm o intuito de constituir-se em experiências
que propiciassem a busca de respostas à pergunta que per-
faz a existência humana: “Como posso ir de onde estou para
onde quero estar?” (PIERRAKOS, 1990, p.14). A organização
da ação pedagógica de autoformação constitui-se em pro-
cesso de socialização das experiências interiorizadas, segui-
das da autorreflexão.
Por meio da escuta atenta aos discursos dos partici-
pantes é orientada a compreensão dos sentidos construí-
dos, individualmente, pelos sujeitos no processo existencial.
Assim, a atuação do orientador-mediador (o sujeito pesqui-
sador) constitui-se na perspectiva da provocação e interro-
gação durante os discursos.