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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)

gência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria

pode ir virando blablablá e a prática, ativismo. O que

me interessa agora, repito, é alinhar e discutir alguns

saberes fundamentais à prática educativo-crítica ou

progressista e que, por isso mesmo, devem ser con-

teúdos obrigatórios à organização programática da

formação docente. Conteúdos cuja compreensão,

tão clara e tão lúcida quanto possível, deve ser ela-

borada na prática formadora. É preciso, sobretudo, e

aí já vai um destes saberes indispensáveis, que o for-

mando, desde o princípio mesmo de sua experiência

formadora, assumindo-se como sujeito também da

produção do saber, se convença definitivamente de

que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar

as possibilidades para a sua produção ou a sua cons-

trução (FREIRE, 1996, p. 12).

Ao retornar do Fórum e do Seminário, em roda re-

flexiva, viu-se a riqueza do que havia sido vivido e escrito.

Percebeu-se que ali morava um livro. O livro “Memórias de

alfabetizadoras de mundos - das aprendências de ler en-

quanto crianças às aprendências em desejar alfabetizar ou-

tras crianças”, reunindo todos os trabalhos foi produzido,

com apoio da DUFRIO, e lançado na 63ª Feira do Livro de

Porto Alegre, no mesmo ano. GUEDES TRINDADE (2017), na

escrita do prefácio de nosso livro, conta da emoção com que

cada mulher-alfabetizadora se revisita em sua infância e o

quanto essas memórias transformam essas alfabetizadoras

em processo:

Foi assim: mulheres firmes, distintas, de alegrias sedu-

toras e bailarinas de viveres, caminhando, esvoaçan-

tes em seus fazeres, em seus tempos enrolando-se,

diariamente, em panos, tramas, fios, trapos, tecituras,

linhas de compromissos múltiplos. E emmeio a essas

passadas largas, a esses passos corridos de labores

e fazeres e do tanto o que fazer, em algum instante,

como em câmara lenta, viram-se para trás, seduzi-

das, agora, por risos de crianças que ecoam, talvez

nas densas florestas de suas almas. Risos de crianças,

em ecoooooo, das crianças eternas de cada uma. Es-

cutam os risos de novo. Essas mulheres olham para

trás. Miram suas crianças. Reconhecem-se nelas. Mi-

ram-as. Acolhem-as. Cada uma com a sua. Em gesto