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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

vidas iriam se transformar.

A primeira produção foi o Diário de Campo, um cader-

no com espaço para anotações e reflexões, para uso indivi-

dual das educadoras, no curso. As educadoras produziram

seus diários de campo, registrando por meio da escrita livre,

seus processos de aprendências, de ensinâncias e de pro-

blematizações e conflitos. A criança interior foi despertada

e reviver memórias de infância foi inesquecível: momentos

profundos de encontros silenciosos. Nesse movimento, Pau-

lo Freire nasceu e renasceu nessas educadoras, de diversas

maneiras: pelos registros, enquanto partilha - escritos esses

que partiram da proposta de uma narrativa detalhada do

processo de aprendizagem das alfabetizadoras, seus letra-

mentos, experiências de alfabetização, escolas, professoras,

métodos, lembranças. À medida que cada educadora con-

seguia aprontar sua escrita, compartilhava com o coletivo da

roda, e logo após, em um blog construído para este fim, por

uma das educadoras da roda: um espaço de partilhamento

das escritas, com o propósito de encorajar outros educado-

res e educadoras a pensar suas memórias e entrelaçá-los

com as suas práticas pedagógicas. Essas escritas foram se

transformando em artigos. Esses artigos foram levados ao

Fórum de Estudos: Leituras de Paulo Freire, em Rio Grande/

RS, em junho de 2017 e, ali, novamente um desafio: educar

e se educar, aprender com Freire, num espaço onde todos e

todas levam um pouco de si e sentem-se potentes para di-

zer a sua palavra. Segundo Freitas, “o Fórum de Estudos: Lei-

turas de Paulo Freire é um evento que, desde 1999, vem re-

unindo, de modo itinerante, em universidades do Rio Gran-

de do sul, educadores e educadoras, cuja interlocução tem

contribuído para atualizar o pensamento freireano” (2014,

p.24). Esse exercício de escritas e de reflexão, de pensar e

repensar Freire nos cotidianos da vida, colocaram o coletivo

de educadoras em um lugar de produtoras de saberes, prá-

tica essencial na construção crítica do exercício da docência.

Freire nos lembra disso:

A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exi-