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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT5: REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, JUVENTUDE E GÊNERO
volvimento de corporalidades negras diretamente
relacionadas à religiosidade de matriz afro.
A metodologia ainda pretende abarcar
mais algumas ações. Uma diretamente ligada à
potência performática da estética do cabelo afro
e a relação dele coma afirmação das identidades
negras. E como as técnicas de manipulação do
cabelo, segundo Gomes (2003) dialogam simboli-
camente com processos inconscientes de pensar
o corpo oriundo de etnias africanas. Em relação a
essa ação, a proposta é dar prosseguimento ao
trabalho sobre estética já iniciado através de roda
de conversa, para uma prática cênica que gere
reflexões sobre a aceitação de si e de sua estética
e a formação empoderadora dessas meninas.
E a outra ação que diz respeito às sonori-
dades e músicas afrobrasileiras e afrodiaspóricas,
pretende trabalhar as conexões ancestrais dentro
da musicalidade negra a partir de experimentos
de captação de sons cotidianos e a experiência
das oficinas de percussão que os educandos já
vem tendo com outras educadoras, mixagens
e colagens eletrônicas. Mostrando que é possível
enxergar nossa herança negra ancestral tanto na
batida de um tambor, quanto no
bea
t eletrônico
produzido por um computador.
A proposta é que a pesquisa seja concluída
em um evento, em que possam ser compartilha-
das as experiências das ações em um evento na
instituição, integrando as famílias e a comunidade
dessas crianças, em um momento de celebração
e reflexão sobre suas identidades afrobrasileiras.
O conjunto dessas ações pretende explorar
possibilidades da afroperspectividade na forma-
ção não apenas artística de crianças e adolescen-
tes afrodescendentes, mas uma busca de dene-