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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT5: REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, JUVENTUDE E GÊNERO

DENEGRIR PARA EMPODERAR:

UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO

AFROPERSPECTIVISTA EM

ARTES CÊNICAS

Manuela da Fonseca Miranda

(PPGAC-UFRGS)

Esse estudo busca investigar possibilidades

reflexivas e, sobretudo, ações concretas para um

projeto denegrir educação a partir da filosofia

afroperspectivista, no campo das artes cênicas.

Quando apresento a ideia de denegrir, uso o con-

ceito de tornar-se negro que aborda Renato No-

guera (2012). Com a ideia de ressignificar essa pa-

lavra que é usualmente relacionada a algo ruim.

A filosofia afroperspectiva trabalha no aspecto de

ressignificar epistemologias, sobretudo no que diz

respeito a essa expressão.

A pesquisa parte do meu percurso como

uma mulher negra arte-educadora no contex-

to da Educação Social. O campo de pesquisa e

também meu local de trabalho é a Vila Nossa Se-

nhora de Fátima, que fica dentro do bairro Bom

Jesus, na periferia de Porto Alegre, Rio Grande do

Sul. Este estudo nada mais é senão um encontro

das minhas identidades e a ligação disso com a

minha formação de artista e educadora; com a

formação de base e fortalecimento das identida-

des das novas gerações afrobrasileiras e periféri-

cas. O conceito de identidades que essa pesquisa

aborda dialoga com a noção que Nilma Lino Go-

mes (2003) traz em relação a formação da identi-

dade dos sujeitos quando sugere que não apenas

a identidade negra os/nos constitui, mas também