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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT3: GÊNERO, RAÇA E TRABALHO
maior quando se arriscou a usar métodos contra
hegemônicos no cuidado à saúde mental.
O legado de Nise encoraja para ousar
quando se trata de cuidado com sensibilidade,
ao destacar que os pacientes deveriam ser “trata-
dos como gente”. Entendemos que muitas vezes
a medicina como saber científico e hegemônico
se ensurdece às necessidades subjetivas e singu-
lares dos sujeitos; aprendemos com ela a dar voz
ao portador de sofrimento psíquico e explorar pos-
sibilidades de transformar as práticas reducionistas
institucionalizadas em expressões da diferença nos
modos de subjetivação. Sua trajetória, além de
exemplo de resistência, demonstra perseverança
ao mostrar que o afeto, elemento por vezes ne-
gligenciado no tratamento psiquiátrico, é impres-
cindível para a humanização da psiquiatria e da
medicina em geral.
Palavras-chave:
Nise da Silveira. Trabalho. Estereó-
tipos de Gênero.
REFERÊNCIAS
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In: KRAMER, Heinrich; SPRENGER, James.
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Cadernos
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A classe operária tem dois
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