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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT3: GÊNERO, RAÇA E TRABALHO

maior quando se arriscou a usar métodos contra

hegemônicos no cuidado à saúde mental.

O legado de Nise encoraja para ousar

quando se trata de cuidado com sensibilidade,

ao destacar que os pacientes deveriam ser “trata-

dos como gente”. Entendemos que muitas vezes

a medicina como saber científico e hegemônico

se ensurdece às necessidades subjetivas e singu-

lares dos sujeitos; aprendemos com ela a dar voz

ao portador de sofrimento psíquico e explorar pos-

sibilidades de transformar as práticas reducionistas

institucionalizadas em expressões da diferença nos

modos de subjetivação. Sua trajetória, além de

exemplo de resistência, demonstra perseverança

ao mostrar que o afeto, elemento por vezes ne-

gligenciado no tratamento psiquiátrico, é impres-

cindível para a humanização da psiquiatria e da

medicina em geral.

Palavras-chave:

Nise da Silveira. Trabalho. Estereó-

tipos de Gênero.

REFERÊNCIAS

MURARO, Rose Marie. Breve Introdução Histórica.

In: KRAMER, Heinrich; SPRENGER, James.

O

Martelo das Feiticeiras

. Tradução de Pau-

lo Fróes. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos,

1991.

SAFFIOTI, Heleieth I. B. Contribuições feministas para

o estudo da violência de gênero.

Cadernos

Pagu

,

Campinas, n. 16, p. 115-136, 2001.

SOUZA-LOBO, Elizabeth.

A classe operária tem dois

sexos

: trabalho, dominação e resistência.

São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2011.