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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT3:

GÊNERO, RAÇA E TRABALHO

FEMINEJO: A CONSTRUÇÃO DE

UM ESPAÇO DE RESISTÊNCIA DAS

MULHERES CANTORAS DE SERTANEJO

Samanta Fanfa Marques

(UNISINOS)

Marília Verissimo Veronese

(UNISINOS)

Julice Salvagni

(UFRGS)

Marina Guerin

(UNISINOS)

RESUMO:

Este resumo tem como objetivo analisar

as transformações vinculadas ao papel das mu-

lheres na produção do gênero musical sertanejo.

A música sertaneja diz respeito a um meio de dis-

seminação de ideias para as mais variadas classes

sociais. Esse movimento da entrada das mulheres

em espaços que não lhe são comuns tem sido

uma ferramenta de resistência na divisão sexual

do trabalho. A presença das mulheres no chama-

do “sertanejo raiz” era o papel, exclusivo, de musa

inspiradora. O trabalho de músico era um espaço

predominantemente de homens, principalmente

em se tratando da música sertaneja; mas atual-

mente, esse papel se expande para o de prota-

gonistas que interpretam suas próprias questões,

seus próprios dilemas. Ao adentrar esses espaços,

compor e cantar questões que dizem respeito à

vida e ao papel social da mulher, surge a neces-

sidade de uma nova percepção das mudanças

sociais que esse gênero de música tão popular

pode trazer. As mudanças sociais que essa cate-