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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
soluções para a sociedade quando, o que denominou, em
tempo de trânsito
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.
Nesse contexto, do trânsito da sociedade brasileira,
com a eminente participação popular na tomada de deci-
sões e ações, Freire compreende a ideia de que as elites não
seriam capazes de promover uma revolução contra si mes-
mo. Elites distanciadas do povo, promotoras de uma aliena-
ção cultural, fatores característicos de uma sociedade fecha-
da. “Povo ‘imerso’ no processo, inexistente enquanto capaz
de decidir e a quem correspondia a tarefa de quase não ter
tarefa. [...] Nenhuma vinculação dialogal entre estas elites
e as massas, para quem ter tarefa corresponderia somente
seguir e obedecer” (FREIRE, 1969, p. 47, grifo do autor).
Em contrapartida, o mesmo autor reflete que a socie-
dade, ao rachar-se
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, em seu tempo histórico, faz com que
temas como democracia, participação popular, liberdade,
educação, dentre muitos outros, passem a ser ressignifica-
dos e não mais satisfaçam a sociedade em trânsito, confor-
me eram utilizados ou manipulados pela sociedade fechada.
Essa ressignificação propicia um momento de capta-
ção de novos anseios e necessidades, com uma visão nova
dos velhos temas, a qual permite caminhar rumo a uma so-
ciedade aberta, mas de outra forma. Se criada uma visão
distorcida, acarretaria uma sociedade das massas, na qual o
ser humano, sem consciência crítica, tornar-se-ia acomoda-
do e domesticado.
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Na obra
Educação como prática da liberdade
, Freire (1969) compreende
que o momento de trânsito apresenta contradições cada vez mais fortes
entre as formas de ser, valorar e comportar-se histórico-culturalmente do
ontem em relação às formas diferenciadas do futuro. O contexto brasileiro
assumia, ao final dos anos 50 e anos 60, uma transformação sociocultural
de pais subdesenvolvido para um contexto de país em vias de industria-
lização, com o enfrentamento do momento de trânsito durante o golpe
militar de 1964.
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Freire utiliza a expressão: “[...] toda a temática e o conjunto de suas tarefas,
ao rachar-se a sociedade, assumiram uma nova coloração” (FREIRE, 1969,
p. 47). Como rachadura entende-se a ruptura nas forças que mantinham
a sociedade fechada em equilíbrio. Ao contexto da época, Freire (1969)
assume que as alterações econômicas com os primeiros passos da indus-
trialização foram os principais fatores da rachadura da sociedade brasileira.