XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)
A EDUCAÇÃO COMO PARTE DE UM
PROJETO TRANSFORMADOR DA REALIDADE
André Luis Castro de Freitas
1
Luciane Albernaz de Araujo Freitas
2
Palavras-chave:
Educação. Transformação social. Pensa-
mento freiriano.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A educação, como Freire a via, era parte de um projeto
de transformação radical da sociedade. Nas obras
Educação
e atualidade brasileira
e
Educação como prática da liberdade
,
Freire (1959, 1969) remete ao processo educativo como, por
vezes, força estabilizadora ou, de outra maneira, como fator
de mudança da realidade constituída, no processo histórico.
Em ambos os casos, para que esse processo constitua-se
como autêntico é necessário que se ponha em relação de
organicidade
3
com o contexto social.
Seu discurso está associado a uma crítica ao proces-
so educativo do Brasil, no final dos anos 50, pois para uma
sociedade em vias de industrialização e democratização o
planejamento educacional estava associado a uma matriz
verbal e falsamente humanista, desvinculada da vida.
Para o mesmo autor, esse planejamento educacional
dissociado do contexto social, cultural e político estava a
serviço do reforço de atitudes autoritárias e acríticas. A partir
1
Universidade Federal do Rio Grande – FURG, Rio Grande, RS. Programa de
Pós-Graduação em Educação Ambiental.
dmtalcf@furg.br2
Instituto Federal Sul-Rio-Grandense – IFSUL, Pelotas, RS. Programa de Pós-
-Graduação em Educação.
lucianeal1968@gmail.com3
Na obra
Educação e atualidade brasileira
, Freire (1959), compreende que a
relação de organicidade implica na posição cada vez mais consciente críti-
ca do ser humano diante do contexto que nele possa interferir. “A organi-
cidade do processo educativo implica na sua integração com as condições
do tempo e do espaço que se aplica, para que possa alterar ou mudar es-
sas mesmas condições. Sem esta integração o processo se faz inorgânico,
superposto e inoperante” (FREIRE, 1959, p. 09).