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EIXO 6 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E ALFABETIZAÇÃO

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

aprendizagens no mundo das vivências dos sujei-

tos singularizados, vivências que se ressignificam

nos espaços e tempos sociais dos distintos âmbitos

lingüísticos e do convívio das alteridades distintas

(MARQUES, 2002, p.19).

Com essa ideia de construção dos saberes, é funda-

mental conhecermos e disseminarmos possibilidades que

estimulem práticas educativas as quais valorizem os educan-

dos e suas experiências de vida (FREIRE, 1996). Ainda nesse

horizonte, Freire e Faundez (1985) apontam a necessidade

de a educação apropriar-se dos sentimentos (oriundos da

comunidade), não se detendo assim apenas na racionalida-

de do que é científico.

Além disso, o Projeto Educação para Pescadores, ape-

sar de representar uma educação formal (pois se insere na

legislação educacional), busca atuar a partir da educação

popular. A Educação de Jovens e Adultos deve ser sempre

uma educação multicultural, uma educação que desenvolva

o conhecimento e a integração na diversidade cultural, como

afirma Gadotti (1979), uma educação para a compreensão

mútua, contra a exclusão por motivos de raça, sexo, cultura

ou outras formas de discriminação e, para isso, o educador

deve conhecer bem o próprio meio do educando, pois so-

mente conhecendo a realidade desses jovens e adultos é

que haverá uma educação de qualidade.

OS SENTIDOS DAS PESCADORAS E PESCADORES DO

RETORNO À ESCOLA

Nesse ponto, abordamos alguns trechos de traba-

lhos escritos pelos próprios educandos, os quais apresen-

tam os mais diversos sentidos que o retorno escolar lhes

causa. Tais atividades aconteceram nas Ilhas da Torotama e

dos Marinheiros.

Devido à realidade atual da pesca, alguns sujeitos bus-

cam outras possibilidades na vida profissional: “O projeto

mudou a minha vida e com ele pretendo uma oportunidade

melhor, não queria sair da ilha, mas a pesca cada dia estar