XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 1 – PAULO FREIRE E DIÁLOGOS INTERNACIONAIS
zimos as nossas práticas em diferentes campos de ação.
São tempos de reavaliarmos nosso pretérito de agirmos de
modo contundente em favor de uma sociedade
humaniza-
dora e libertadora.
Ao invés do “canto da seria” da
educação empreende-
dora
, das novas alianças com o setor privado com sua racio-
nalidade estratégica voltada a fins onde o lucro e o poder
são os endereçamentos acredito sim na
educação popular
libertadora
e consequentemente
humanizadora.
Num segundo momento passei a discorrer sobre o
horizonte positivista e suas limitações e de que associado
a esse método o paradigma positivista tem muitas caracte-
rísticas que ainda hoje são identificadas por ter adentrado
fortemente em muitos campos de saber e principalmente
na educação, como modelo de educação nesses últimos tre-
zentos anos. Esse modelo também desenvolve uma relação
denominada
sujeito-objeto
. O sujeito sempre é ativo (aque-
le que reúne em si as condições de definir e representar a
realidade) e o objeto passivo que aguarda ação do sujeito
aproximando com o modelo de professor tradicional e sua
educação bancária que conforme Paulo Freire
objetifica
os
seus alunos.
Finalmente apresentei desafios da perspectiva Pro-
gressista Problematizadora baseada fundamentalmente na
epistemologia freiriana dos temas geradores. Segundo ele,
o tema gerador ora emerge do meio, ora do professor, ora
do estudante. E o nosso grande desafio é transformar a te-
mática geradora e
um processo de investigação,
porque o
tema gerador
exige interesse e, consequentemente, desen-
volvimento. O tema gerador não está pronto e deve ser tra-
zido pelos educandos e pelo educador ou emergir do meio.
Freire sugere um buscar temático nos contextos concretos:
“O momento desse buscar é que inaugura o diálogo da edu-
cação como prática da liberdade” (FREIRE, 2005, p.101). Essa
investigação implica, necessariamente, uma metodologia
que não pode contradizer à dialogicidade da educação li-
bertadora, portanto, deve ser igualmente dialógica.