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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 3 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, TÉCNICA, TECNOLÓGICA E SUPERIOR

preocupação com o desenvolvimento do seu aprendizado.

Ambos os times são capazes de realizar belos e valorosos

trabalhos junto a seus pupilos, porém de maneiras diferen-

tes e com objetivos diferentes.

Os professores que optam pelo conservadorismo,

pela orientação tradicional da escola antiga e pelo tecnicis-

mo profissional, preparando o sujeito para o mercado de

trabalho e para cumprir com perfeição as suas tarefas de

operários oprimidos que aguentam bravamente a jornada

de trabalho sem reclamar, porque foram treinados por um

docente “linha dura”, não colaboram para a reconstrução

social. Eles agem conforme o que Freire afirma: “transfor-

mar a experiência educativa em puro treinamento técnico

é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no

exercício educativo: o seu caráter

(trans)

formador.” (FREIRE,

2015, p.34) (grifo nosso) Assim, o docente que se mantém

cada vez mais afastado da atividade (trans)formativa do ci-

dadão, está colaborando para reforçar os obstáculos que

impedem o trabalhador-estudante em situação de vulnera-

bilidade socioeconômica, ou seja, o oprimido, de libertar-se.

Isso, muitas vezes, ocorre por pura reprodução do histórico

social e educacional que o professor traz consigo. Ele é o

oprimido que sonhava ser opressor e que desempenha esse

papel onde e quando pode, nem que seja com o seu seme-

lhante oprimido a opressão sofrida.

Os docentes progressistas e libertários que buscam

revolucionar o fazer educativo, atraem sujeitos abertos ao

novo, ao autorreconhecimento, à luta pela própria recons-

trução; sujeitos que aceitam a responsabilidade conjunta de

criar e (re)construir a si e a sociedade. Para esses, “não há

outro caminho senão o da prática de uma pedagogia hu-

manizadora, em que a liderança revolucionária, em lugar de

se sobrepor aos oprimidos e continuar mantendo-os como

quase ‘coisas’, com eles estabelece uma relação dialógica

permanente.” (FREIRE, 2018, p.77) Tais professores atraem

educandos que buscam orientadores com os quais tenham

uma relação de parceria e de composição conjunta, de cria-